quarta-feira, 23 de março de 2011

NO LIMITE

“Pra completar a semana, tive uma crise de vertigem rotatória como nunca tive na vida: acordei às 4 h da manhã pra urinar na comadre. Com um simples movimento da cabeça, meu mundo girou! Tive a sensação que eu ia cair, embora eu já estivesse na cama. Pensei: algo não está normal. Avisei ao Airton que eu não estava bem e o pedi que chamasse a enfermeira. Pressão normal, batimentos cardíacos também. Tentei me virar de lado para ver se melhorava e... tudo rodou! Pior! Muito pior! Que terrível sensação! Que mal-estar era aquele? O que estava acontecendo? Caí no choro de novo! De desespero! Ligaram para a médica, que sugeriu que verificassem a glicemia, mas estava normal. Fiquei bem quietinha, sem me mover, até amanhecer.  Aí fui avaliada por um Otorrino (Dr. Alexandre) e um Neurologista (Dr. Maykell). Conclusão: vertigem de origem periférica (ou seja, extracerebral, que alívio!), provavelmente causada pela imobilidade. É como se o corpo se esquecesse de alguns movimentos do pescoço. E quando realizei tais movimentos ativei alguns receptores meio esquecidos. É muito louco! Dizem que ansiedade piora isso.
Eu não disse que imobilidade não é descanso? Fiquei realmente doente essa semana. Vomitei algumas vezes, de tanta tontura. E, após o primeiro dia, com o estômago revirando, tontíssima, recusei comida e banho (e olha que pra eu recusar comida e banho a coisa tem que estar feia!)... comecei a melhorar. Ainda estou um pouco tonta quando movimento a cabeça, mas não mais aquela sensação de tudo girando. Estou bem melhor!
Mas, vamos às boas notícias: USG de ontem, Kenzo tá um côco! Pesando 1.680g. Dra. Josina, da UTI neonatal veio me ver essa semana e disse pra eu ficar tranqüila, pois se ele nascer agora terá que ficar uns dias no hospital, mas só pra comer e dormir. Não há mais risco! E disse pra Larissa (minha médica) me aliviar, começar a erguer a cabeceira e não mais tomar medidas drásticas pra evitar o parto. Ela ainda perguntou: ‘ como ela ainda consegue comer deitada com aquele barrigão?’. Pois é. Ando tendo muito refluxo e queimação e está difícil me alimentar ultimamente.
Mas aí, então, a Larissa decidiu começar a elevar a cabeceira. Foi uma delícia!! Fiquei um pouco tonta por uns minutos, mas me adaptei. Levantou só um pouquinho, mas já consigo ver a TV sem ter que dobrar o travesseiro e colocar os óculos na pontinha do nariz. Hehe!
“E o que é que a gente não faz por amor?”
Ah, lembra daquela história de me acordarem às 5 horas para aferirem os dados vitais? Há uma semana me rebelei e dispensei a rotina! Chega! Quero dormir até as 7 h!!”
Nota atual: foi ficando difícil! Mas quando ficou insuportável, já era hora de recomeçar: a levantar, a andar, a fazer as atividades como uma pessoa ‘normal’.  Daqui pra frente é rehab e aguardar a vinda do bebê. Mas ainda há mais emoções! Aguardem!
Beijos!
Renata

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